O ácido tranexâmico é um medicamento com ação antifibrinolítica, amplamente utilizado para controlar sangramentos excessivos e também em tratamentos dermatológicos para clareamento de manchas.
Ele atua impedindo a degradação dos coágulos sanguíneos e, por isso, é prescrito em diversas situações clínicas que envolvem hemorragias ou risco de sangramento.
Nos últimos anos, o ácido tranexâmico também ganhou destaque na dermatologia, sendo incorporado em protocolos para tratar o melasma e outras hiperpigmentações, o que ampliou suas aplicações médicas.
O ácido tranexâmico é um derivado sintético do aminoácido lisina e pertence à classe dos antifibrinolíticos. Ele atua bloqueando a ativação do plasminogênio em plasmina, uma enzima responsável pela dissolução dos coágulos sanguíneos.
Com essa ação, o ácido tranexâmico ajuda a manter os coágulos estáveis e evita sangramentos prolongados. Por essa razão, é muito utilizado em situações cirúrgicas, ginecológicas e em distúrbios hemorrágicos.
As indicações do ácido tranexâmico são bastante variadas e vão desde o controle de hemorragias até tratamentos dermatológicos. As mais comuns incluem:
O ácido tranexâmico é indicado para reduzir sangramentos anormais, como:
Nesses casos, o medicamento contribui para a estabilização dos coágulos e o controle rápido do sangramento.
Em cirurgias ortopédicas, cardíacas e ginecológicas, o ácido tranexâmico pode ser utilizado para reduzir a perda de sangue durante e após o procedimento. Também pode ser prescrito após extrações dentárias em pacientes com risco de sangramento.
Na dermatologia, o ácido tranexâmico passou a ser utilizado por sua ação anti-inflamatória e reguladora da produção de melanina. Ele pode ser prescrito para o tratamento do melasma, uma condição que causa manchas escuras no rosto, e também em casos de hiperpigmentações pós-inflamatórias.
O ácido tranexâmico atua bloqueando os locais de ligação da plasmina e do plasminogênio na fibrina, impedindo a degradação precoce dos coágulos sanguíneos. Isso mantém os coágulos estáveis por mais tempo e evita sangramentos excessivos.
No uso dermatológico, acredita-se que o ácido tranexâmico reduza a produção de melanina ao inibir a atividade de substâncias inflamatórias envolvidas na pigmentação da pele, promovendo um clareamento gradual das manchas.
O ácido tranexâmico está disponível em diferentes formas, de acordo com a finalidade do tratamento:
A escolha da forma e da dose deve ser feita exclusivamente pelo médico, conforme a condição clínica do paciente.
A dose do ácido tranexâmico varia conforme a indicação e o estado de saúde do paciente. Para menstruação intensa, por exemplo, costuma-se usar de 1 a 1,5 g a cada 8 horas durante os primeiros dias do fluxo. Já para cirurgias, o uso geralmente é feito em dose única ou por poucos dias.
No tratamento do melasma, o ácido tranexâmico pode ser administrado por via oral em baixas doses ou aplicado topicamente por períodos mais longos, sempre com acompanhamento dermatológico rigoroso.
Embora seja eficaz e seguro quando usado corretamente, o ácido tranexâmico exige alguns cuidados. Ele não deve ser utilizado sem prescrição médica, pois pode aumentar o risco de formação de coágulos em pessoas predispostas a trombose.
Pacientes com histórico de trombose venosa profunda, embolia pulmonar, doenças cardiovasculares, problemas renais ou distúrbios de coagulação devem informar essas condições ao médico antes de iniciar o tratamento.
Durante o uso, é importante manter boa hidratação e seguir rigorosamente a dose e o tempo de tratamento indicados.
O uso do ácido tranexâmico pode causar alguns efeitos adversos, geralmente leves e temporários. Os mais comuns incluem:
Em casos raros, podem ocorrer eventos trombóticos (formação de coágulos), alterações na visão e reações alérgicas. Caso surjam sintomas incomuns, o uso deve ser interrompido e o médico consultado imediatamente.
O ácido tranexâmico é contraindicado para pessoas com:
Gestantes e lactantes devem utilizar o medicamento apenas com prescrição médica e avaliação criteriosa dos riscos e benefícios.
O ácido tranexâmico pode interagir com medicamentos que aumentam o risco de formação de coágulos, como anticoncepcionais hormonais, terapia de reposição hormonal e alguns fármacos usados em distúrbios de coagulação.
Por isso, é fundamental informar ao médico todos os medicamentos e suplementos em uso antes de iniciar o tratamento com ácido tranexâmico.
O ácido tranexâmico é um medicamento de uso controlado que deve ser utilizado exclusivamente com prescrição e acompanhamento médico. A automedicação pode trazer riscos graves, especialmente em pessoas com predisposição à formação de coágulos.
Seguir corretamente as orientações de dose, tempo de tratamento e exames de controle garante que o ácido tranexâmico seja eficaz e seguro, proporcionando os benefícios esperados com o mínimo de riscos à saúde.
O ácido tranexâmico é um medicamento versátil e eficaz, indicado tanto no controle de hemorragias quanto no tratamento de manchas na pele, como o melasma. Quando utilizado de forma correta e com supervisão médica, oferece resultados satisfatórios e seguros, contribuindo para a saúde e o bem-estar do paciente.
Seu uso responsável é fundamental para evitar complicações e garantir os melhores resultados terapêuticos.